Acredite: motoqueiros estão se
organizando para fundar o Partido dos Motociclistas. Os idealizadores da
proposta já coletaram 101 assinaturas em nove estados, número
suficiente para dar início ao registro da legenda no TSE — ao menos
enquanto o Congresso não mudar a lei que permite a farra de partidos.
Segundo um dos fundadores, o partido não
é “de esquerda, nem direita ou centro” — repetindo, aliás, uma célebre
frase de Gilberto Kassab para definir o PSD.
Seria baseado nos “valores democráticos, da Grécia antiga”. E defenderia “a liberdade, a igualdade e a fraternidade”.
Além, é claro, de atender às
reivindicações da categoria, como ampliar a legislação para reforçar a
segurança do motociclista e reduzir impostos de peças importadas para as
motocicletas — algo fundamental que, convenhamos, o país clama há muito
tempo.
Como prova de sua índole democrática, o
“Partido da Motocicleta” estará aberto a todos: pedestres, motoristas de
carro e até ciclistas também poderão requerer a filiação.
Depois de protocolar as assinaturas
iniciais, o partido teria dois anos para recolher outras 500 mil. Isso
se o Congresso não aprovar a cláusula de barreiras.
Lauro Jardim, O Globo
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